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O “não dito” - Prosa e Psicologia
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O “não dito”

O “não dito”

           Um dos maiores problemas das relações pessoais – familiares, amorosas, trabalho –  é lidar com o “não dito”, na verdade, talvez a dificuldade da nossa sociedade seja lidar com o que é dito e, por consequência, criar um mundo baseado em não dizer. Mas isso significa que é preciso falar tudo o que se pensa? Não, mas se observar, uma das questões que mais atrapalha as relações é a comunicação, a dificuldade das pessoas falarem, e a dificuldade das pessoas ouvirem.

            Infelizmente, a maioria da sociedade não foi educada a se expressar, a conseguir colocar em palavras o que sente, o que a incomoda, e até mesmo a demonstrar sua satisfação. E por outro lado, cria-se falas que dificultam ouvir: “não elogia, que estraga”, “quando um burro fala o outro baixa a orelha”, esse tipo de frase transforma a construção de uma relação mais reativa, como se expressar o que se sente, consequentemente, gera um problema.

            Talvez o maior medo por trás de se expressar, é lidar com a reação do outro. Mas na grande maioria, os monstros que se cria, não se concretizam na realidade, e a resposta acaba sendo mais receptiva do que o esperado. Por fim, pode ser que o que prevalece para uma troca acontecer de fato, esteja na verdade transmitida de cada um. Quando se sente uma fala genuína, por mais dolorosa que seja, dentro do tempo de cada um, é mais fácil de digerir e seguir em frente sem mágoas.

            E mais, quantas coisas que não são ditas, mas que se ditas poderiam unir muito mais as pessoas. Quantas famílias, casais, sofrem escondidos, sem saber que o outro também sente o mesmo, e uma dor que poderia aproximar mais ainda as pessoas, acaba afastam e atrapalhando a relação, por não ser expressa. É importante entender que tudo tem sua melhor hora e jeito de se falar, mas com cuidado e sinceridade, as relações podem se fortalecer cada vez mais com a troca do que sente e angustia. Faz bem reconhecer a humanidade do outro.

Eloisa Sobh Ambrosio

Sou psicóloga (CRP 08/23287) formada pela Universidade Estadual de Londrina e atendo na clínica psicológica a partir da abordagem da Análise do Comportamento. Estou concluindo uma especialização na PUC - Londrina em Análise do Comportamento Aplicada, mais conhecida como ABA. Atualmente trabalho com adolescentes e adultos na região de Londrina.

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