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Os sentimentos não falados da maternidade - Prosa e Psicologia
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Os sentimentos não falados da maternidade

Os sentimentos não falados da maternidade

           Esse ano vamos conversar sobre como a cultura enxerga a mãe. É muito comum ouvirmos frases como “ser mãe é amar o filho mais do que a si própria” ou que “amor de mãe é incondicional”, mas será que é assim mesmo? Talvez a sensação pareça algo próximo disso, porém vale a pena refletirmos sobre todos os tabus que envolve a maternidade. É muito comum aparecer na clínica mãe relatando sentimentos ambivalentes pelos filhos, que lhes geram culpa.

            Educar uma criança demanda muita paciência. A começar pela própria amamentação que, apesar de necessária, causa dor, principalmente no começo, gerando questionamentos sobre como é sofrido ser mãe, até mesmo no que se trata de algo natural… O parto, a amamentação.

            E aí quando a criança cresce um pouquinho a sensação que dá é tudo que ela faz é para te provocar. Mas não é, a criança ela precisa aprender as coisas mais básicas de um ser humano, pedir, falar na altura adequada, comer, andar sem cair… E talvez existem dias que, por diferentes motivos, você não sinta toda a paciência que aquele ser humano demanda, e interprete isso como provocação. Além das birras que acontecem nos momentos mais inoportunos. É normal nesses momentos sentir algo parecido com raiva em relação à criança. Mas isso quer dizer que você deixou de amá-la?

            Como qualquer ser humano, aquele pequeno que você mesma gerou também vai te proporcionar sentimentos que a cultura não permite que você admita, você nem sequer fala deles em voz alta. Um filho pode sim te gerar frustração, irritação, tristeza, enfim… sentimentos colocados como negativos, que são proibidos de ser assumidos pelas mães. Mas a grande questão é identificar o que está por trás desses sentimentos.

            Até que ponto você criou muitas expectativas para se frustrar com ele? Será que se você não tivesse tido um dia tão cheio não teria mais paciência com ele? O que esse comportamento que te entristeceu lhe remeteu? São tantas as perguntas. Quero dizer com esse texto que ter sentimentos ambivalentes pelos filhos é natural, porque eles são outros seres humanos. E como qualquer relação humana, ela nunca será plena como a cultura impõe. Feliz dia das mães!

 

Eloisa Sobh Ambrosio

Sou psicóloga (CRP 08/23287) formada pela Universidade Estadual de Londrina e atendo na clínica psicológica a partir da abordagem da Análise do Comportamento. Estou concluindo uma especialização na PUC - Londrina em Análise do Comportamento Aplicada, mais conhecida como ABA. Atualmente trabalho com adolescentes e adultos na região de Londrina.

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