A maternidade no filme Red: Crescer é uma fera.

Na semana do dia das mães, vou aproveitar o filme Red: crescer é uma fera, para refletir um pouco sobre a maternidade. O filme, de forma geral, fala sobre o processo de transformação da adolescência, e como a pressão familiar pode ter muita relação com o desenvolvimento de ansiedade e depressão nessa fase tão delicada.

Mas outra questão que aparece no filme é sobre os padrões geracionais dentro de uma família. Por isso, não é só a respeito das mães que esse texto pode servir, mas de qualquer responsável pelo crescimento de uma criança. Durante o processo de educar, faz parte entrar em contato com os próprios monstros, tudo aquilo que foi deixado escondido sobre o seu próprio crescimento, seus próprios traumas, que vêm à tona quando se depara com o desenvolvimento de um ser humano. Por isso, se fala que o cuidar de uma criança é como cuidar da sua criança interior.

É muito comum as pessoas que entram em contato com suas questões, ao reconhecerem o tamanho da influencia dos pais e cuidadores nelas, acreditarem que é possível cuidar sem gerar questões no outro. Mas não é. Para aqueles que protegem demais, isso terá uma consequência, para aqueles que cuidam de menos, outra consequência. Ser uma mãe brava ou uma mãe amiga, o que é melhor? Cada caminho gera uma consequência nessa criança. E esse é o problema, até hoje não se descobriram a melhor forma de educar uma criança, e provavelmente não existe. Isso varia dos seus próprios valores, da própria história de vida, do que você entende por cuidado… São muitas questões!

Contudo, o que o filme traz de reflexão é a importância de cuidar previamente da sua criança interior, dos seus traumas e conflitos, para isso não vir à tona no seu momento de maternar ou paternar, e acabar passando suas questões para a próxima geração, e assim por diante. Talvez, o melhor momento para começar o processo de terapia é esse, quando você entre em contato com a maternidade e descobre diversos conflitos que não acessava.