Uma reflexão sobre as redes sociais.
Cada vez mais as pessoas têm percebido o efeito das redes sociais na saúde mental. Acredito que a parte boa de se usar a internet seja muito clara para as pessoas, por isso, quero focar em queixas cada vez mais frequentes em relação a isso.
Uma questão importante é que, infelizmente, nas redes sociais existem profissionais que acabam reduzindo problemas graves à publicações simplistas, gerando questionamentos para quem não entende o que está sentindo. Muitas vezes, publicações que tinham o objetivo de sinalizar algo relevante, acaba gerando ansiedade, justamente pela superficialidade ou por tentar criar regras – generalizações – a respeito de relações humanas. Outro ponto que as redes sociais provocam generalizações são vídeos de uma pessoa contando uma história que vivenciou, e assim, muitas das pessoas que assistem, trazem esse exemplo para si mesmo e passam a questionar situações que anteriormente eram normais na sua rotina.
Para pessoas com dificuldades em se relacionar, as redes acabam gerando questões ambivalentes, ao mesmo tempo que pode servir como um instrumento para superar barreiras de socialização, pode também gerar uma dependência disso para a vida real. Afinal de contas, a vida acontece mesmo no real. Se você consegue puxar um assunto online, como trazer esse tipo de segurança para o presencial? Muitas dessas pessoas com dificuldades, usam do celular para não interagir pessoalmente com o mundo, como uma forma de fuga de uma situação desconfortável.
De maneira geral, a vida online tem gerado muitos questionamentos, acredito que depois de tantos anos de redes sociais, cada vez mais as pessoas percebem os malefícios e a dependência que isso pode gerar. Sair desse ciclo não é fácil, afinal o celular acabou se tornando uma extensão do corpo humano, mas conseguir separar a função real das redes e em quais pontos pode estar te prejudicando é essencial para sua saúde mental.
