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A infância sob as telas.   - Prosa e Psicologia
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A infância sob as telas.  

A infância sob as telas.  

            O uso exagerado do smartfone é assunto de adultos e crianças, mas estamos lidando com algo novo: os adolescentes que cresceram em torno do uso indiscriminado de telas. Se falar sobre um vício em redes sociais já é tão prejudicial na vida adulta, imagina o impacto disso na vida de crianças que estão lidando com esse vício muitas vezes desde o inicio da vida? A princípio, tudo começa como uma forma de entreter a criança, a fim de dar mais tempo aos responsáveis, aos poucos essa mesma criança só se alimenta se estiver próxima a uma tela, depois seus únicos momentos de lazer e descontração só acontecem com o celular.

            Até que chega a fase da pré adolescência, e aos 12 anos, essa criança já tem uma rede social, em que posta seu dia a dia, e “assiste” ao cotidiano de seus amigos e colegas através dessas redes. Por fim, estamos lidando com uma geração de adolescentes que só aprenderam a se expressar por meio de uma tela. Para comunicar que precisa de ajuda, muitos adolescentes postam imagens ou comentários auto depreciativos com o objetivo de pedir ajuda. E claro, as famílias não estão preparadas para lidar com isso, afinal de contas, criar uma criança ou adolescente hoje em dia, é muito diferente do que há 20 anos atrás, quando quase ninguém tinha um computador em casa.

            O primeiro ponto a ser discutido é estar atento ao tempo de smartfone das crianças em sua casa. Elas precisam estar focadas na alimentação quando estiverem comendo, ou quando estiverem no banho, etc. A tela deve de ser apenas uma tela com desenho, e não uma estratégia para conseguir alimenta-la ou deixa-la calma. E isso, demanda dos próprios adultos, uma vez que as coisas irão precisar de mais tempo e paciência. A tela pode sim ser um momento entre a família, em que todos estão reunidos para assistir o vídeo ou filme que a criança deseja, isso traz a ideia de que vocês estão interessados na realidade dela, e atentos ao que ela consome.

            Por fim, o ideal é manter as crianças e adolescentes distantes das redes sociais, tardar o máximo possível esse momento. Esse é um espaço em que até mesmo os adultos estão aprendendo a lidar, uma vez que gera muita frustração e comparação. E uma vez que ela está inscrita em alguma rede, é muito importante monitorar sim, e deixar isso claro. Mostrar que os responsáveis estão atentos ao que acontece de maneira clara, facilita o desenvolvimento da confiança entre pais e filhos, fazendo com que até eles se sintam confortáveis em compartilhar com os adultos o que acontece, pois enxerga naquela pessoa alguém que pode ajuda-la.

            Educar uma criança nos dias de hoje é um baita desafio, acho que mais do que nunca os pais estão tendo que lidar com um mundo nunca antes explorado, um lugar onde nem eles às vezes conseguem se situar, por isso, a importância da confiança e vigilância desde cedo!

Eloisa Sobh Ambrosio

Sou psicóloga (CRP 08/23287) formada pela Universidade Estadual de Londrina e atendo na clínica psicológica a partir da abordagem da Análise do Comportamento. Estou concluindo uma especialização na PUC - Londrina em Análise do Comportamento Aplicada, mais conhecida como ABA. Atualmente trabalho com adolescentes e adultos na região de Londrina.

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