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A importância do pai. - Prosa e Psicologia
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A importância do pai.

A importância do pai.

             Está chegando o dia dos pais, dia dessa figura subestimada pelas pessoas. Fala-se tanto do papel da mãe para os filhos, e só muito recentemente que os pais estão sendo cobrados de exercer seu lugar. Infelizmente, o número de crianças sem o nome do pai em seu registro de nascimento é muito alto. No último Censo Escolar divulgado em 2013 existiam 5,5 milhões de crianças no Brasil sem o pai em sua certidão. Sabemos que mesmo sem o protagonista dessa história, muitos avós, tios exercem um papel semelhante a paternidade. Contudo, por mais importante que seja alguém ocupar esse lugar para uma criança com o pai ausente, vale ressaltar que esse buraco sempre existirá na vida dela.

            Mais do que a ideia de provedor da família – ideia essa muito antiquada, e resumida da figura paterna – o pai deve exercer um papel de rompimento do filho com o vínculo materno, o que é muito importante tanto para a criança como para a própria mãe. Isso porque, por uma questão até natural, a mãe tende a se envolver muito mais com o recém-nascido. Mas esse envolvimento pode ser prejudicial para ambos se for muito intenso, a mãe precisa se lembrar aos poucos que ela não é só mãe, e o bebê precisa entender que ela não estará sempre a disposição dele. E é aí que o pai exerce um importante papel: o de romper esse vínculo, e ao mesmo tempo de possibilitar o desenvolvimento do seu próprio vínculo com o filho, que deve ser independente da mãe.

            A mãe precisa aprender a confiar que o pai será capaz de cuidar e prover para o filho, e para isso esse homem deve lutar por essa confiança, buscando seu espaço na rotina da criança e, automaticamente, mostrando para a mulher que ela pode (e deve) ser além de mãe, o que ela precisar ser. Ocupar o lugar de pai não é fácil, a mãe desde a gestação tem um vínculo natural com o filho, mais fácil de ser mantido. Já o homem precisa conquistar o seu espaço, desde a confiança da mãe, e por fim, a confiança do filho.

            Dessa forma, o homem que consegue cumprir essa missão pode ocupar assim um lugar na vida de seu filho que é único. Por isso, mais do que aquela visão tradicional do homem provedor como sendo um bom pai, acredito que um pai verdadeiramente bom alivia a mulher de ser mãe o tempo inteiro, e cria uma vivência com seu filho cheia de confiança e amor, já que esse espaço foi conquistado através do tempo.

Eloisa Sobh Ambrosio

Sou psicóloga (CRP 08/23287) formada pela Universidade Estadual de Londrina e atendo na clínica psicológica a partir da abordagem da Análise do Comportamento. Estou concluindo uma especialização na PUC - Londrina em Análise do Comportamento Aplicada, mais conhecida como ABA. Atualmente trabalho com adolescentes e adultos na região de Londrina.

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