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A relação mãe e filha: por quê ela pode ser difícil? - Prosa e Psicologia
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A relação mãe e filha: por quê ela pode ser difícil?

A relação mãe e filha: por quê ela pode ser difícil?

            Muitas mulheres relatam ter uma relação muito conturbada com a mãe, e isso se evidencia mais quando existe um outro filho homem, fazendo com que a filha se questione de muitos posicionamentos da mãe. Mas é muito importante esclarecer que a relação mãe e filha é uma relação complexa e muito estudada na psicologia, ou seja, não é uma novidade que atritos aconteçam. Contudo, uma vez que as pessoas não costumam ter acesso a essa informação, a sensação é que o problema de sua mãe é diretamente restrito a ela, gerando culpa e frustração.

            Esse relacionamento conturbado muitas vezes se dá em tom de críticas frequentes, a filha tenta de diversas formas buscar o reconhecimento materno, e sempre fracassa. Além disso, a filha costuma demandar o posicionamento da mãe em situações que, para ela, ela está com a razão, mas a mãe não concorda. Em algumas vivencias, pode ser a que a filha se compare com a relação da mãe com outra mulher da família ou próxima a mãe, e sinta ciúmes, por reconhecer que tudo o que demanda de sua mãe, essa outra pessoa obtém facilmente. E isso gera muitos questionamentos sobre si mesma e sua responsabilidade nisso.

            A grande questão que permeia a forma como se dá uma relação conturbada entre mãe e filha, costuma girar em torno da feminilidade da mãe. Uma vez que essa mulher ainda não entendeu como lidar com isso, ela acaba, consequentemente, tendo dificuldade de enxergar a feminilidade de sua própria filha, justamente por remeter à questões dela. Com isso, essa mãe costuma ter dificuldade de se posicionar como mulher, logo, dificulta o processo de se “tornar mulher” da filha. É muito comum essas filhas terem dificuldade com o seu amadurecimento, em se posicionar como esposa, e como mãe quando esse momento chegar. Por isso, que essas questões acabam se passando de geração para geração, já que uma vez que a mulher não conseguiu aceitar sua feminilidade, ela não consegue facilitar esse caminho para sua filha também.

            O processo de terapia se faz muito importante nesses casos, já que essa filha acaba buscando essa aprovação da mãe a qualquer custo e trazendo isso para suas outras relações. Além de entender como se dá essa relação materna, é importante para a filha trabalhar em terapia a aceitação dessa condição, já que ela não conseguirá atingir as expectativas da mãe, por isso quanto menos ela tentar, menos irá se frustrar. E a partir disso, entender que essa questão é muito mais da mãe, do que da filha.

Eloisa Sobh Ambrosio

Sou psicóloga (CRP 08/23287) formada pela Universidade Estadual de Londrina e atendo na clínica psicológica a partir da abordagem da Análise do Comportamento. Estou concluindo uma especialização na PUC - Londrina em Análise do Comportamento Aplicada, mais conhecida como ABA. Atualmente trabalho com adolescentes e adultos na região de Londrina.

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