O poder do perdão.
Perdoar pode ser um grande desafio para muitas pessoas, e o que é perdoável ou não varia para cada um, mas talvez o melhor termômetro sobre que mereça perdão é o sentimento em torno do que aconteceu, e o quanto você ainda pensa sobre isso. E a grande questão sobre perdoar é porque parece que você está fazendo isso pelo outro, mas no fim, você está fazendo isso por si mesmo. Justamente porque quando existe a cobrança de que haja um perdão, ela está sobre você.
Por isso, quando se discute o que é perdoável, só você mesmo irá responder, uma vez que seu sentimento em torno de um erro, por exemplo, dirá quanto aquilo de fato te incomodou. E mais, muitas vezes, o que mais incomoda não é o erro em si, mas quem foi que errou – dizendo assim. O mesmo erro, vindo de pessoas diferentes, provocam sentimentos diferentes em você. Já parou para pensar nisso?
Nessa linha de raciocínio, erros que são irrelevantes ou pequenos irão impactar menos na sua “paz de espírito”, os erros que demandam perdão geram incomodo, cobrança, questionamentos e frustração. E o tempo para digerir esse erro também é de cada um, contudo, muitas pessoas internalizam situações que lhe geraram muito sofrimento, assumem que aquilo não lhe afetou tanto, ou até mesmo que já foi superado, mas interiormente, remoem isso, pensam muito, ou trazem esse erro à tona de maneira inesperada, justamente por ele não ter sido elaborado de fato.
O ressentimento pode aparecer em forma de ataque ao outro, seja verbalmente ou não. Muitas pessoas que apresentam comportamentos hostis, que se mostram “intocáveis” e são muito fechadas, em muitos casos, o que permeia essa agressividade é um passado cheio de erros que não foram perdoados e que a pessoa carrega para todos os lugares, até em espaços que nada tem a ver com seu passado. É nesse sentido que o perdão acaba sendo algo para si, e não para o outro.
