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Precisamos falar sobre o Janeiro Branco - Prosa e Psicologia
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Precisamos falar sobre o Janeiro Branco

Precisamos falar sobre o Janeiro Branco

            Você conhece a campanha Janeiro Branco? Essa campanha é dedicada a incentivar a saúde mental, tema que por muito tempo foi deixada de lado, mas que aos poucos vem ganhando seu merecido espaço. Falar sobre saúde mental requer uma quebra de mitos que são responsáveis por essa negligência em relação ao cuidado psicológico. Isso porque, a ideia de “doença mental” ou “doença psicológica” são carregadas de estereótipos relacionados à demência, loucura. Mas falar de saúde mental é algo muito mais anterior a esse estereótipo, é falar de sentimentos, de relações interpessoais, de comportamentos… Enfim, é falar sobre o ser humano.

            Quando se usa a expressão, por exemplo, “tal pessoa é uma pedra de gelo” quer dizer que ela não é sensível às coisas ao seu redor. Porém, todo ser humano tem sentimentos, o que muda é a forma como ele os manifesta. E quando se fala em sentimento, é necessário desenvolver uma sensibilidade a eles, pois o fato de sentir não quer dizer que você está atento ao que você está sentindo. Isso nos leva a outro mito da saúde mental: de que mulheres são sensíveis e homens, não. Este mito, em específico, é muito danoso, pois os homens sentem sim, e o fato de não serem incentivados a manifesta-los faz com que eles repitam padrões de comportamentos muito danosos a ele mesmo a às pessoas ao seu redor.

            Por isso a importância de ensinar desde a infância a falar o que está sentindo, seja por meio de metáforas, ou analisando o comportamento da criança. Por exemplo, ao ver que uma criança se machucou explicar que o que ela sente é dor e que isso gera tristeza, por isso ela está chorando. Situações simples do cotidiano são suficientes para ensinar o que é felicidade, o que é tristeza, raiva, medo, e o que esses sentimentos têm relação com o que está acontecendo. Outro exemplo: uma criança pode sentir medo porque viu uma aranha, ou porque se lembrou da aranha que viu. São situações diferentes, mas que pode desencadear a mesma crise de choro.

            Parece bobo, mas esse tipo de cuidado aos sentimentos e de leva-los em consideração, produzirão adultos mais atentos a si mesmos, que se importam com o que sentem e porque sentem. Provavelmente, eles terão mais facilidade de falar sobre si mesmo, fazendo com que as pessoas ao seu redor saibam lidar melhor com ele. Afinal de contas, ninguém sabe o que o outro está sentindo ou pensando, apenas quando esse outro se manifestar é que poderemos lidar com aquilo. Facilita o diálogo, a convivência, as relações em geral. Espero que tenha te convencido da importância de se olhar para si mesmo. Para conhecer mais sobre a campanha acesse Janeiro Branco.

Eloisa Sobh Ambrosio

Sou psicóloga (CRP 08/23287) formada pela Universidade Estadual de Londrina e atendo na clínica psicológica a partir da abordagem da Análise do Comportamento. Estou concluindo uma especialização na PUC - Londrina em Análise do Comportamento Aplicada, mais conhecida como ABA. Atualmente trabalho com adolescentes e adultos na região de Londrina.

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