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A filha perdida, Elena Ferrante. - Prosa e Psicologia
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A filha perdida, Elena Ferrante.

A filha perdida, Elena Ferrante.

            Maternidade é um assunto que em algum momento da vida da mulher virá à tona, e ao ler “A filha perdida” de Elena Ferrante pensei muito sobre os diferentes aspectos desse tema. Não pretendo contar a história aqui, porque a leitura vale a muito a pena, apenas trazer algumas reflexões.

            O primeiro aspecto do livro que notei é de como as meninas são educadas para ser mãe. Um dos personagens do livro é a pequena Elena e sua boneca Nani. Com ela podemos perceber que desde criança as futuras mulheres são treinadas a cuidar, logo, na vida adulta elas estarão aptas para dar conta de uma criança de verdade, afinal de contas carregaram suas bonecas por tempo suficiente, deram papinha, trocaram as roupas… A cobrança já começa cedo.

            Outra questão importante é de como as mulheres se iludem e se comparam. Leda, a personagem principal do livro, é uma mulher já com as filhas criadas, mas ao observar Nina, mãe da pequena Elena, fica encantada com quão boa mãe ela é, quão boa esposa ela é, como se ela fosse perfeita. Mas ao longo da história ela percebe que Nina tem problemas parecidos como os que ela viveu, e também sobre o peso da maternidade, como todas as mulheres sofrem.

            Por fim, outro ponto muito presente na história é o julgamento e culpa que persegue a mulher, seja aquela que não foi mãe ou aquela que foi. E o mais triste é que grande parte do julgamento vem das próprias mulheres, umas com as outras. Existe um ideal de maternidade, um ideal de mulher, que ninguém nunca conseguiu atingir, mas que todas querem passar que são. O ser humano erra, logo, a mãe também irá errar. Só quando você tem consciência de que essa perfeição não existe, você para de cobrar isso de si e das outras mães e mulheres.

            Esse livro traz ainda tantas reflexões, não só acerca da maternidade, mas da feminilidade, do casamento… Como é importante se colocar no lugar do outro, esse movimento é libertador e possibilita quebrar suas próprias correntes, tente esse exercício de empatia, faz bem.

Eloisa Sobh Ambrosio

Sou psicóloga (CRP 08/23287) formada pela Universidade Estadual de Londrina e atendo na clínica psicológica a partir da abordagem da Análise do Comportamento. Estou concluindo uma especialização na PUC - Londrina em Análise do Comportamento Aplicada, mais conhecida como ABA. Atualmente trabalho com adolescentes e adultos na região de Londrina.

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