O que você pensa sobre você mesmo?
Quando alguém pede para você se definir, você sabe o que responder? Se sim, você costuma responder sempre a mesma coisa ou com o passar do tempo muda? Dependendo de quem pergunta você dá respostas diferentes? Eu acho muito interessante essas definições que temos de nós mesmos, acho muito legal quando a pessoa percebe a situação e pensa o que é mais importante o outro saber dela naquele momento, só não vale mentir!
O que eu quero com essa reflexão é questionar as pessoas que costumam se definir de maneira sempre igual, ou voltando sua resposta para o que faz na vida ou para seus problemas psicológicos. Vou exemplificar: existe aquela pessoa que se define pelo seu trabalho e quando você conversa com ela percebe que a vida dela gira em torno disso. Outro tipo de pessoa pode se definir como, por exemplo, ansiosa, e aí a sensação que ela passa é que não importa o que aconteça, ela sempre será ansiosa. E quando ela sentir que sua ansiedade está sendo controlada, está esvanecendo, ela sente como se também deixasse de existir, afinal de contas, ela se definia apenas como ansiosa. A mesma coisa acontece com aqueles que se definem pelo seu trabalho, quando são demitidos ou não alcançam seu sonho, sentem que nada mais faz sentindo, pois sua vida era apenas aquilo.
Isso é uma questão muito recorrente na clínica, mães que ao verem seus filhos criarem independência, se sentem inúteis… Enfim, os exemplos são muitos e isso é um problema quando a pessoa se depara com a situação de perceber que colocou todas as suas energias em um só propósito, como isso lhe faz mal – mesmo que seja algo que a curto prazo estava sendo muito bom – e como se reconhecer diante dessas mudanças. Não podemos ser reféns de nós mesmos!
É preciso ter consciência dos papeis que cada um assume: você não é apenas o seu trabalho, você não é só ansioso, você é muito mais do que apenas mãe. O ser humano é múltiplo e nunca podemos nos esquecer disso! Estamos em constante mudança e mais! Precisamos buscar essa mudança para não cairmos na mesmice. Fica o recado do Raul Seixas sobre esse assunto:
