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A arte de seguir regras! - Prosa e Psicologia
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A arte de seguir regras!

A arte de seguir regras!

           Ao longo da vida aprendemos a nos comportar de diferentes formas. Uma delas é pela nossa própria vivência: em determinada situação a pessoa faz tal escolha, se a consequência for boa, a chance de na próxima vez ela se comportar de maneira semelhante é grande, mas se a consequência for ruim, provavelmente na próxima vez, ela irá se comportar de forma diferente. Isso é aprender por si mesmo, a partir da sua própria história de vida.

            Outra maneira que aprender a se comportar é vivenciando as escolhas dos outros, que nada mais é do que a partir das escolhas de uma outra pessoa, o ser humano percebe se aquilo foi vantajoso ou não, e assim, no momento em que vivenciar algo semelhante, ele irá se basear na vivencia do outro para tomar sua própria decisão. Essa forma é um pouco mais delicada, afinal de contas cada pessoa é uma, às vezes para você tal consequência foi ruim, mas para uma outra pessoa pode ser que seja algo bom. Logo, essa forma vale alguns questionamentos.

            Mas, além dessas duas, existe também aqueles comportamentos que ocorrem por mero seguimento de regra: você nunca vivenciou algo diferente e nunca viu alguém vivenciar algo diferente, porém, prefere se comportar assim porque alguém – provavelmente uma pessoa que tenha influência sobre você – te falou para se comportar dessa maneira, mas a verdade é que você não sabe quais seriam as consequências caso você se comportasse de outra forma. Essa última forma de aprendizado é muito comum, e algumas vezes são comportamentos corriqueiros da pessoa.

            Na infância é frequente os cuidadores passarem algumas regras sem sentido como “não desobedeça a mamãe senão o homem do saco irá te levar” e a criança cresce com essa sensação de que não se pode desobedecer porque algo ruim irá acontecer com ela. Mas por que não ser sincero com as crianças? Falar realmente quais são as consequências e até mesmo perigos de algumas atitudes. Por exemplo, não corra pela rua porque um carro pode atropelar você.

            E o mais interessante dessa história de seguir regras sem se questionar é que muitos adultos se comportam assim. Claro que hoje em dia eles sabem que o homem do saco não existe como podem ter falado antigamente, mas de maneira semelhante muitas pessoas preferem se comportar de maneira sistemática, não vivenciando o que de fato está ocorrendo pelo simples fato de que uma pessoa falou que nessa situação você deve se comportar de tal forma. Vale a pena, sempre que precisamos fazer uma escolha importante, ou até mesmo olhar para nosso comportamento mais frequente e questionar: por que estou pensando dessa forma? Por que sempre costumo me comportar dessa maneira? E se você tentar mudar um pequeno detalhe do seu dia a dia e vivenciar de fato as consequências dessa mudança? Aí sim, você poderá pensar “eu me comporto dessa forma porque essa consequência é melhor para mim, do que me comportar de tal forma e lidar com essa outra consequência”. Assim você vai conseguir sair do automático e entender cada vez mais sobre você mesmo, e isso é uma delícia!

Eloisa Sobh Ambrosio

Sou psicóloga (CRP 08/23287) formada pela Universidade Estadual de Londrina e atendo na clínica psicológica a partir da abordagem da Análise do Comportamento. Estou concluindo uma especialização na PUC - Londrina em Análise do Comportamento Aplicada, mais conhecida como ABA. Atualmente trabalho com adolescentes e adultos na região de Londrina.

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