O defeito da perfeição
Desde muito cedo somos incentivados a buscar a perfeição em diversas áreas de nossa vida, desde nossa letra com os cadernos de caligrafia, até no esporte, onde a criança mal começa a praticar e já se vê obrigada a correr atrás da perfeição. Devido a todos esses aspectos muitas pessoas acabam se tornando “perfeccionistas” e acabam incorporando tal adjetivo a suas personalidades. No entanto, ser “perfeccionista” é extremamente prejudicial, e além de causar um sofrimento psicológico enorme, traz uma série de questões que a maior parte das pessoas nunca pararam para pensar.
Além de sofrer muito, as pessoas que estão constantemente buscando a perfeição deixam de realizar uma série de atividades devido a essa característica. Em muitos momentos a busca da perfeição se torna um limitante para a ação, por exemplo, é muito comum escutar de indivíduos no consultório psicológico: “ah, eu morro de vontade de fazer tal coisa” e quando se indaga sobre o motivo dela nunca ter feito aquilo que tem vontade, sempre temos respostas do tipo: “não sou muito bom”, “se eu fizer isso não ficará bem feito”. Ou seja, devido a essa característica perfeccionista, a pessoa deixa de realizar suas vontades.
Ter um ideal de perfeição pode ser muito limitante para os indivíduos realizarem seus projetos, deixando essas pessoas sempre frustradas. No entanto, o que muitas delas não pensam é no fato delas mesmas serem os seus verdadeiros vilões, pois são elas que se impõe tal objetivo: a perfeição. Diante de tudo isso, vale ressaltar a existência de diversos elementos inconscientes de cada indivíduo que os colocam em tal situação, em vários casos existe certa ambivalência entre realizar ou não o seu desejo, de forma que o perfeccionismo se torna um limitante para suas ações. Logo, trabalhar as questões provenientes desses medos inconscientes são essenciais para que uma pessoa conviva melhor com seu perfeccionismo e consiga de fato atingir seus objetivos.