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A importância do sentir. - Prosa e Psicologia
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A importância do sentir.

A importância do sentir.

            “Eu queria não sentir nada”. Quantos psicólogos já ouviram isso de seus pacientes, sejam casos de ansiedade, sejam de depressão… Sentir o que se sente gera muito incomodo no ser humano. E quantos tomam diversas medicações com o objetivo de evitar sentir, evitar sentir insônia, dor no peito, medo… A maioria das pessoas não querem sentir, e é compreensível, acredito que ninguém goste de sentir angústia e todas as formas que ela pode se manifestar. Não queremos desconforto, isso é natural do ser humano. Contudo, é importante entender que qualquer tipo de sensação dada como ruim, ela sinaliza algo, algo que deve ser olhado e cuidado.

            O corpo humano, ao longo do seu desenvolvimento, acaba ficando cada vez mais complexo. Comportamentos como chorar que antes demonstravam algumas opções de desconforto, acabam ganhando novos significados, e demonstrar tristeza se transforma ao longo da vida em diversas outras formas de expressões. E dependendo da história de vida, a tristeza, por exemplo, pode aparecer em outros formatos, como agressividade, passividade, compulsão alimentar ou falta de apetite. Então, por mais simples que seja tomar uma medicação, é importante entender que disfarçar o sintoma não irá resolvê-lo, e a falsa ideia de não estar mais sentindo aquele incomodo, de que tudo está bem.

            Contudo, até mesmo a medicação tem suas limitações. Por isso, é muito comum que ela consiga resolver por um tempo o desconforto, mas a longo prazo ele pode voltar a ocorrer ou irá se manifestar no corpo de outras formas, gerando assim uma cadeia de medicações para suprir um sintoma que possa ser psicológico. Além disso, é importante entender que uma medicação psiquiátrica irá impactar no sentir de diversas formas, ou seja, pode ajudar a tirar a dor, mas irá interferir em como se sente o prazer também. Dessa forma, entender esse impacto no corpo humano, talvez seja o primeiro passo para se encorajar a sentir de fato o que se está sentindo, e olhar para isso de maneira consciente, sem desprezar a dor e buscar um significado para ela.

            Vale a pena deixar claro que a medicação é importante para muito casos sim, contudo, percebe-se um uso exagerado em nossa sociedade, buscando tapar faltas que deveriam ser analisadas e sentidas, ao invés de ignoradas.

Eloisa Sobh Ambrosio

Sou psicóloga (CRP 08/23287) formada pela Universidade Estadual de Londrina e atendo na clínica psicológica a partir da abordagem da Análise do Comportamento. Estou concluindo uma especialização na PUC - Londrina em Análise do Comportamento Aplicada, mais conhecida como ABA. Atualmente trabalho com adolescentes e adultos na região de Londrina.

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