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Mais um dia 8 de março. - Prosa e Psicologia
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Mais um dia 8 de março.

Mais um dia 8 de março.

            Essa semana começou com mais um Dia Internacional da Mulher, dia que traz uma reflexão importante sobre o que é ser mulher. Primeiramente, para uma mulher esse questionamento já traz diferentes sentimentos: da mulher que querem que você seja, da mulher que sua mãe desejou que você fosse, da mulher que você precisa ser e, por fim, da mulher que você deseja ser. E dentro dessa mulher que você deseja, o que é possível você alcançar, e aí como lidar com a frustração envolvendo os pontos que você não atinge, por diversos motivos… Cansativo só de pensar.

            Sim, ser homem também carrega funções e cobranças, mas se olharmos o papel do homem, ele é mais definido, justamente por ele estar majoritariamente no poder. Pelo fato, da mulher sempre estar em segundo plano, esse papel é muito mais amplo, por abranger inúmeras funções. Desde a maternidade, passando pelo trabalho, casamento, sexualidade… e por muito tempo foram os homens que definiram o que era ser mulher. Infelizmente é muito difícil romper com dogmas criados e mantidos por tanto tempo, por isso, esse questionamento do que é ser mulher, para algumas pessoas pode ser irrelevante, por aceitarem sem sofrimento esse significado que demorou para ser questionado.

            Mas é muito importante olhar para as mulheres que sofreram por exercerem um papel feminino que elas não se identificaram, seja ser mãe por obrigação, seja um casamento infeliz, seja a dependência financeira, e muitas delas que sofreram com a violência física ou psicológica construída, muitas vezes, em cima dessa dependência financeira.

            Entender que a mulher tem voz e ouvi-la foi um caminho longo a ser construído por mulheres ao redor do mundo desde o século 19, e vem sendo um processo ainda a ser construído até hoje. Porque sim, é difícil para os homens aceitarem ouvir pessoas que antes não falavam, ceder espaço que antes eram ocupados por eles… é um caminho longo e de ressignificação para os homens também. De entender que essas mulheres têm muito a oferecer à sociedade de uma forma que não se transforme em uma competição, mas parceria.

            Hoje, que as mulheres têm acesso a tantas informações e oportunidades que podem transformar o que elas querem ser, as possibilidades são muitas. Ser mulher é muita coisa atualmente. E até para elas essa ressignificação é algo novo, já que vivemos em um momento de gerações com ideias tão distintas umas das outras. Mas é muito importante entrar em contato com a mulher que você deseja, e buscar caminhos para alcançá-la, e isso demanda muito desprendimento e autoconhecimento. Só que vale muito a pena!

Eloisa Sobh Ambrosio

Sou psicóloga (CRP 08/23287) formada pela Universidade Estadual de Londrina e atendo na clínica psicológica a partir da abordagem da Análise do Comportamento. Estou concluindo uma especialização na PUC - Londrina em Análise do Comportamento Aplicada, mais conhecida como ABA. Atualmente trabalho com adolescentes e adultos na região de Londrina.

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