Topo
Suicídio na adolescência. - Prosa e Psicologia
fade
3852
post-template-default,single,single-post,postid-3852,single-format-standard,eltd-core-1.1.1,flow-ver-1.3.7,eltd-smooth-scroll,eltd-smooth-page-transitions,ajax,eltd-blog-installed,page-template-blog-standard,eltd-header-type2,eltd-fixed-on-scroll,eltd-default-mobile-header,eltd-sticky-up-mobile-header,eltd-dropdown-default,wpb-js-composer js-comp-ver-5.2.1,vc_responsive

Suicídio na adolescência.

Suicídio na adolescência.

           A Organização Mundial da Saúde – OMS – indica que o suicídio é a segunda maior causa de morte no período da adolescência, mas como enfrentar esse problema? É importante ressaltar antes de tudo que, como já dito neste texto, o adolescente está em formação, ou seja, já é maduro para diferentes questões, contudo ainda não sabe lidar com diversas outras. Além disso, neurologicamente seu cérebro ainda está em desenvolvimento também, por isso, situações que um adulto poderia aceitar mais facilmente, ainda é difícil para um adolescente, como lidar com frustrações por exemplo.

            Dentro disso, é muito importante ter esse olhar para a adolescência, entender que eles estão aprendendo a se expressar. Por isso que o diálogo e a confiança são tão significativos entre pais e filhos adolescentes. Muitos pais focam tanto nos comportamentos relacionados a responsabilidade (estudos, esporte, boas amizades) que acabam esquecendo que esse ser humano ainda sente, e pior: ele está tentando lidar com seus sentimentos, muitas vezes sozinhos porque não têm espaço entre a família para falar sobre eles. Em situações mais extremas, envolvendo bullying ou depressão essas questões ficam ainda mais em evidencia, e o adolescente não está preparado psicologicamente para lidar com isso sozinho.

            Além disso, outro fator extremamente atual relacionado ao suicídio na adolescência é a tecnologia. Infelizmente, através da internet tem sido frequente jogos direcionados a adolescentes que tem como finalidade incentivar a prática do suicídio e comportamentos autodestrutivos. Justamente por não terem ainda a maturidade necessária, os adolescentes podem enxergar esses jogos como uma forma de se socializar ou então se sentem identificados com o discurso que eles propõem e se permitem vivencia-los, chegando a cometer atos imprudentes contra si mesmo. Por isso, a importância novamente da presença familiar, estando dispostos a ouvi-los e indica-los outras formas para lidar com essas angustias.

 

            Pais! Se atentem em não apontar tanto os erros, os adultos estão acostumados a sinalizar de maneira muito punitiva as falhas que um adolescente comete. Isso acaba gerando uma relação aversiva, e imagine: toda aquela angustia que ele já não soube lidar é escancarada na forma de erros e mais frustrações. Isso acaba se tornando uma bola de neve, pois o adolescente não se sentirá confortável para se expor em outros momentos e tentará com seus métodos lidar com seus sentimentos sozinhos. Caso você – pai, mãe, tio, avó, enfim – não se sinta capaz de ajudá-lo, busque a psicoterapia. Um psicólogo pode tanto lhe orientar em como fazer e também estará apto para ouvir e ajudar o adolescente. Precisamos falar sobre suicídio!

Eloisa Sobh Ambrosio

Sou psicóloga (CRP 08/23287) formada pela Universidade Estadual de Londrina e atendo na clínica psicológica a partir da abordagem da Análise do Comportamento. Estou concluindo uma especialização na PUC - Londrina em Análise do Comportamento Aplicada, mais conhecida como ABA. Atualmente trabalho com adolescentes e adultos na região de Londrina.

Não há comentários

Escreva um comentário


Copyright © 2018. Prosa & Psicologia