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Muito mais que alimentação! - Prosa e Psicologia
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Muito mais que alimentação!

Muito mais que alimentação!


A relação com a alimentação é algo extremamente complexo e interessante. Não obstante o ser humano desenvolve uma série de transtornos de fundo psicológico em torno dela. O post de hoje não tem por objetivo descrever nem classificar cada um dos transtornos alimentares, mas expor algumas nuances da relação do ser humano com o alimento e o motivo de muitas pessoas não conseguirem ter uma alimentação saudável.

Provavelmente você conhece alguém que faz dieta, emagrece, mas depois volta engordar – o famoso efeito sanfona – ou até mesmo pessoas que fizeram a cirurgia bariátrica e engordaram novamente com o passar dos anos. Esses fatos ocorrem, pois as pessoas se impõe restrições alimentares por certos períodos, mas não conseguem alterar sua relação com o alimento.

A relação com alimentação é uma das mais primitivas que o ser humano estabelece com o mundo a sua volta, pouco tempo depois de nascer o bebe chora e quer mamar, mas o que está implícito por trás desse ato é o fato da amamentação sempre vir acompanhada de uma relação afetiva, geralmente com a mãe. Ou seja, nesse momento a relação com a alimentação vai ganhando suas complexidades, deixando de ser pautada apenas na nutrição, e se transforma também em uma relação afetiva.

Não é raro ver pessoas comendo chocolate, tomando sorvete compulsivamente quando as coisas não vão bem na vida, seja na parte afetiva ou profissional, mas da onde vem isso? Terminar um namoro dá tanta fome assim? Não, romper relações afetivas, ser demitido e etc. não dá fome, dá vontade de comer, pois nesse momento as pessoas buscam certo tipo de afago através do alimento, pois desde a mais tenra infância o alimento foi pivô de sua principal relação afetiva. Ou seja, é uma falsa sensação de que comendo aquilo estará tudo certo e as coisas ruins vão passar.

Atualmente o mundo possuí uma série de informações sobre valores nutricionais dos alimentos, a ciência já produziu e continua explorando diversos tipos de dietas, seja por meio de pirâmides alimentares, dieta low carb e outra infinidade delas, existe uma série de bons nutricionista que orientam o paciente a “comer certo”, mas o que vemos na prática do dia a dia e do consultório psicológico é o fato dos indivíduos realmente saberem como “comer certo”, mas “comem errado” pois grande parte dessas pessoas não tem problema com falta de informação, pelo contrário elas são muito bem informadas. O real problema delas é afetivo, esse é só mais um dos pontos onde o lado afetivo fala muito mais alto que o racional, talvez grande parte desses problemas com a alimentação não seja resolvido por um nutricionista e sim, com um psicólogo.

Homero Belloni

Sou psicólogo (CRP 08/23286) formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), possuo especialização em Clínica Psicanalítica (UEL) e mestrado em Psicologia (UEL). Atendo em clínica psicológica particular sob o olhar da Psicanálise. Atualmente trabalho com adolescentes e adultos na região de Londrina.

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