Ciúme, normal ou patológico?
Provavelmente todos nós já sentimos ciúme, seja em um relacionamento amoroso, em amizades, ou qualquer outro tipo de relação o ciúme pode acontecer. O tema de hoje do blog é tão presente na vida humana que grandes autores da literatura e cineastas, corriqueiramente, se pautam nele para elaborar seus grandes dramas, como no caso de Shakespeare, Machado de Assis e tantos outros.
A maior parte das pessoas consideram o ciúme um sentimento negativo e não querem tê-lo, no entanto, até certo ponto ele nos acompanhará em quanto vivermos pois ele se origina em tempos bem remotos do nosso desenvolvimento e na nossa relação com os outros indivíduos. Ele nasce da insegurança que temos de não sermos bons, bonitos e agradáveis o suficiente para satisfazer a pessoa amada. Como nunca teremos a certeza que de fato essa pessoa amada nos ama, somos condenados a conviver com essa incerteza.
Apesar de ser normal, até certo ponto, sentir ciúme, em muitas das vezes ele se torna patológico e afeta negativamente a relação e a vida das pessoas envolvidas. Mas quando saber que o ciúme se excedeu e está patológico? Quando ele está te levando a tomar atitudes e condutas puramente pautadas no seu imaginário. Ou seja, se você cria situações e pessoas imaginárias e elas tomam um espaço demasiado na sua mente, esse ciúme é excessivo. O problema é que as pessoas que estão sofrendo com isso dificilmente o reconhecem, pois não acham que as situações em sua mente são imaginárias, mas sim reais. Esse é um dos motivos de procurar a terapia, ou aconselhar a pessoa a procurar.
Outro ponto importante do ciúme, é que ele muitas vezes pode ser classificado como uma “projeção” no outro de aspectos inconscientes do ciumento. Em outras palavras, às vezes a pessoa não se acha completamente fiel no relacionamento – muitas vezes nem ela mesma percebe isso – e começa a desconfiar que o outro também não está sendo, pois temos uma tendência de atribuir ao outro aspectos negativos nossos, com o ciúme não é diferente.